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sexta-feira, 24 de julho de 2015

FÓRMULA : 1994 X 2014 = R$ 100,00

BLOG  O  PLEBEU
Algumas pessoas, ao se posicionarem contra algo, esquecem de raciocinar.
Vejo na mídia publicações ardentes, gráficos aprimorados e comparações que, na verdade, é um atestado de quem não possui nenhuma noção de vida ou é uma pessoa muito maliciosa.
Estou me referindo aos sites que comparam 1994 com 2014 usando apenas o poder de compra de R$ 100,00 nessas duas épocas distintas.
Quem compara está indo ao supermercado com R$ 100,00 em 1994 e enche o carrinho. Depois aguarda passar os 20 anos e vai ao “mesmo” supermercado com “outros” R$ 100,00 e sai decepcionado, com o carrinho quase vazio. (Isso é terrorismo virtual).
Então começam os comentários... que não carece aqui ressaltar nenhum deles, porque o nosso "amigo" terrorista (geralmente anônimo) se "esquece" que em 1994 o salário mínimo era R$ 64,79  - portanto, muito difícil de encontrar alguém com uma nota de R$ 100,00 no bolso indo fazer compras. Aliás, lembro-me que uma pessoa, ao ver a nota de R$ 100,00 pela primeira vez, perguntou: “que papel colorido é esse...?!”
Isso porque quem ganhava o mínimo são se encontrava com essa nota no final do mês e muita gente não gostava de recebê-la, pois ninguém tinha troco.
Então, voltemos à comparação inicial, porém, com lucidez: quem saiu em 1994 com R$ 100,00 no bolso (repare: ele levava no bolso mais de um salário mínimo e meio) - portanto, em 2014, ele levou por volta de R$ 1.086,00 – é com esse valor que se deve comparar as duas compras.
Para ser mais claro e justo: em maio de 1995 o salário mínimo teve um aumento substancial e passou para os exatos R$ 100,00 - isso devido a inflação acumulada de 1994 ter sido de 1.093% - como em janeiro de 2015 o salário foi para R$ 788,00 - o valor atual tornou-se menor.
Não estou aqui defendendo nem criticando "desgovernos", tampouco inflação, deflação, retração, dolarização, globalização, muito menos corrupção, mas sim, realizando uma "acareação" entre 1994 com 2014, porque toda publicação, quando embasada em princípios  sem conteúdo racional, passa a ser um tiro no traseiro.

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